ARTIST DRIVEN SAN FRANCISCO . FROM LRG

Artist Driven | San Francisco from LRG on Vimeo.

Que time, que letras!

The MadABC Wall

MadABC from Molotow on Vimeo.

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Fico um pouco sem palavras quando se trata de MadC. Parece que ñ existem limites pra ela... #DAMNNN
http://www.delicious-styles.com/

MR.FE E SEU BREAKING #

... Em 1999 aos 14 anos, eu já estava meio que antenado na cultura hip-hop de SP. Lembro que em uma das dezenas de visitas na galeria 24 de maio (Galeria do Rock), com meu pai e meu irmão mais velho, compramos na loja PIXA- IN uma revista chamada: SB, revista legitima de Hip-Hop, com fotos de batalhas de breaking, B. Girl's, B. boy's e fotos de graffiti da época. Uma das pessoas que produziram essa revista se chama: MR. FE. Em uma época carente de revistas do gênero, a SB supriu minha necessidade de aprender, entender e compreender que a cultura Hip-Hop se fortifica quando os elementos se unem. 10 anos depois conheci MR. FE pessoalmente, e fiquei muito feliz em saber que ele é um cara humilde, simples, inteligente e sabe muita coisa da cultura Hip-Hop, além de fazer parte da terceira geração da São Bento. Esse brother tem muita história pra contar e aqui no meu blog ele vai compartilhar um pouco dessas histórias e experiências. Então confiram... Se é que seis ainda lembra o que é Break Dance!!

• 1- MR. FE, quando começou seu interesse por Breaking e pela cultura? MR.FE: Fui conhecendo aos poucos, com a natureza de viver em uma metropole como Sampa. Mas no natal de 91 eu entediado de esperar o rango que só poderia ser servido as 24:00, a convite de um amigo desci de bike até a frente de um caixa eletronico do Itau na Vila Carrao aonde tinha varios caras dancando Breaking ( o que seria minha futura Crew Street Breakers). Nossa aquilo me chocou de verdade, eu reparei minimos detalhes como agasalhos iguais, ums tennis bem loucos, e alguns Jackos pintados com Graffitis… Pra mim a partir dali tudo comecou e nunca mais parei nem 1 dia sequer .


• 2- Conte pra gente como foi fazer parte da historia da São Bento, e o quanto a São Bento foi importante pra cultura? MR.FE:Fazer parte daquele momento ilustre da cultura Hip-Hop foi incrivel, nao vivi muito tempo la pois 2 anos depois que cheguei a Sao bento acabou e depois voltou em alguns momentos somente. Sao bento era o lugar aonde levamos o que tinhamos aprendido nos nossos “quarteis generais”, chegavamos la com uma camiseta nova pintada,com fitas K7 com novos sons, com varios passos novos e assim era a rotina, todo sabado a tarde. Sao bento foi muito importante pra integrar as Crews , fazer amigos, troca de informacoes mas todos estavam la representando sua Crew e seu Flavor, niguem era igual a ninguem isso sim sinto falta hj em dia.


• 3- Você acha que os B. Boy's e B. Girl's perderam espaço na cultura?e MR.FE: Pelo contrario ! Sou ousado a dizer que os grandes guardioes da cultura Hip-Hop sao os B.Boys… quando chegou a moda do “RAP Bandido” tudo que é Hip-Hop foi ofuscado… TUDO … Mas os B.Boys nao pararam e nao sentiam vergonha de bater no peito e falar- Eu Sou Hip-Hop. A moda esta passando e esta ficando cada vez mais bons Mc’s ( Brasil ) e todos estao tendo seu respectivo reconhecimento porem os B.Boys nunca pararam mesmo quando a moda do Hip-Hop era ser do RAP ! 4- Como vê a cena do Breaking hoje no Brasil e no mundo? MR.FRComo tudo na cultura Hip-Hop cresceu muito, hj temos eventos fora do pais muito grandes que respeitam a cultura mas temos tambem muitos eventos Bussines usando o breaking como uma atracao artistica. No Brasil a coisa anda muito bem, temos eliminatorias de ventos internacionais aqui e o mais importante de tudo, eventos criados aqui e com seu proprio jeito de fazer eventos que causam invenja até mesmo nos estrangeiros cheio de recursos finaceiros e apoios governamentais . Lembrando que quantidade nao é qualidade quando se fala em “ ARTE”, mas como tudo que é arte urbana no Brasil o apoio publico e privado é mal informado e quase nunca acontece, se nao estaria muito melhor.


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  5-Qual sua modalidade voce se da melhor no breaking? MR-FE : Acredito que Breaking é Breaking, quando começamos dancar geralmente gostmos mais de Power moves ( movimentos acrobaticos) ou Classic Style ( movimentos fundamentais para o Breaking, Footwork, Toprocks etc), eu desde que comecei a dancar sempre quis fazer tudo isso ! Ums amigos de Los angeles ( Squid e Namek ) me falaram uma palavra legal pra definir o que gosto de dancar," Two Style" ... é vc fazer as duas principais partes da danca JUNTAS. Eu misturo pois assim acredito ter uma gama maior de combinações e liberdade pra criar novos passos, as vezes estou machucado para praticar Moves que requer mais da saude e ai vou criar um novo passo de footwork ou um Toprock, pois pra mim Breaking é "Criar e transformar novos passos sem distorcer a base da dançå" lembrando que : Só Power Moves nao é Breaking pois nao ha ritmo,nao ha dançå, e só sos classic Style ou fundamentos é a dança Breaking memso sabendo que o proximo passo deposi que vc comeca a dançåe é criar novos passos e ter seu proprio jeito ( Flavor ) de executa-los. 6 - Fale um pouco do evento chamado: Master Crews? Master Crews é um evento criado por mim e pelo meu Brother Bispo SB, que foi crescente como a cultura no pais mais especificamente as danças urbanas, o amor pela cultura e mais e mais adeptos fizeram um evento que começou em 2002 com 200 pessoas e hj chegar nos anos atuais em media com 4000 pessoas. Hj é o maior evento de Hip-Hop do pais e da America Latina. Obs: Nao estamos falando de evento de “RAP-HOP”

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  7- O que mudou pra melhor, e pra pior desde de quando começou a dançar breaking? MR.FE: Sei o que conquistei com dancar Breaking mas nao sei o que perdi de fato pois nao sei como é viver sem isso. Sou uma pessoa feliz com o modo Hip-Hop de viver, treinar, pintar, ouvir um som ,viajar o país e mundo, ter muitos amigos que gostam da mesma coisa que vc. Poxa to muito feliz assim e nem sei com seria outra vida sem isso ! Uma coisa boa é que vc fica sempre em forma fisica né mas tambem vive arrebentado de tempos em tempos. hahaha 8- Tenho visto seus graffiti's atuais, e sempre acompanhei os antigos também, Você sempre pintou? Eu sempre pintei desde que comecei a dançar tambem, mas a dança é meu carro chefe, é o que dedico mais do meu tempo, mas passo fases que pinto mais e menos, no momento estou feliz de ter tempo para pintar com novos e velhos amigos Whiters. Queria poder pintar muito mais, mas nao da pra virar Hyppie do Graffiti e só pintar né! Spray sao caros né ! rsrsr ! trabalahar é preciso.

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  9- Quais as suas influencias no Breaking E NO Graffiti gringa e nacional? Mr-Fe: Dificil falar com precisão, todo dia estou me influenciando e realimentando minha energia pois minha arte nao para, um exemplo é que acabei de voltar de Brasilia e vi pessoas la pintando e dançando na qual não são reconhecidas pelo seu talento o quanto deveriam e fui muito inspirado a voltar e pintar mais, e dancar mais e mais evoluindo meu estilo, meu FLAVOR ! No começo quem me influenciou muito foi as ruas da zona leste e minha crew Street Breakers alem de videos como Beat Street e outros da epoca. Alguns nomes que marcaram e me inspiram, nao para ser igual a eles, mas sim pelo estilo proprio e pela forca como fazem o seu Hip-Hop : Bispo SB, Fukao, Wellington, SB CRU, Ni.tro, Alam Beat, Pex, Ken Swift, CAN 2, Ces, Ewok ( SKM), Toten 2, DJ Q Bert, Doze, Bussy bee, James Brown e por ai vai ... são muitas pessoas todos tem uma parcela de influencia em minha pessoa até as que não conheço mas as vejo de longe. 10- Como foi fazer uma revista pro publico do Hip-Hop há 10 anos atrás? Quais foram dificuldades? MR.FE: A Revista SB foi lancada em 95 por pura necessidade de informacoes, nao existia internet na epoca e o proprio povo da nossa cultura nao tinha informaçao do que acontecia nos outros estados do pais e muito menos fora dele. Por isso decidimos comecar com um fanzine que inesperadamente deu muito certo e de acordo com a procura fomos ( Eu e Bispo membro fundador da minha crew e socio da Revista ) atras de melhorar a qualidade tanto de informacao quanto grafica. Era uma revistinha trimestral e ela foi terminando naturalmente com a chegada a internet e o preço absurdo de midia impressa do nosso pais ( lamentaval pois é um dos maiores produtores de celulose do mundo ).

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  11- E hoje? É fácil ser B. Boy? MR.FE: Entao … ser B.Boy nao é somente fazer o passos de Breaking, para isso temos internet, oficinas e aulas por todos lado, o lance de ser um B.Boy é pensar nisso em igualdade de valor com o resto das coisas importantes da vida, e estar pronto sempre pra uma battle. 12- E daqui pra frente, como você vê a cultura Hip-Hop? MR.FE: A cultura Hip-Hop ficou Grandeeeeeee Isso resume todos os problemas que apareceram nela nesses ultimos 10 anos. Hj temos gente que nao se assume Hip-Hop porque “suja” os seu nome para entrar em uma Galeria de arte ou dizem que a sua dançå nao é Breaking porque se nao o Balé contaemporaneo nao o contratará pra um show. Vejo que por grana muita gente mudou de TITULO e até mentem a sua real escola depois da fama. Tudo aconteceu porque o Hip-Hop ficou grande demais pra um cuidar do outro, mas existem peças raras. Em 20 anos de Hip-Hop vi muitas modas vir e ir e quem ama conviver com os elementos de uma forma homogenea vai continuar sendo Hip Hop só, sem novos rótulos, sem nada, só o bom e velho Hip-Hop! Lembrando que vivo em muitos mundos e muitas culturas que gosto, mesmo assim minha base é Hip-Hop.

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  13- Para finalizar a entrevista MR.FE dê suas considerações finais, mande seu recado, fale algo! MR.FE: Fico feliz de ser entrevistado e poder expressar como vive alguem da cultura Hip-Hop hj em pleno 2011, sem ser esteriotipo de “mano” coitado da periferia que a midia criou. Somos todos iguais aqui dentro. Hip-Hop é inteligente, é moderno, é amigo, é divertido, é critico, é Rua, é paz . Grande abraço a todos e Muita LUZ. Acessem : www.mastercrews.com.br . VIDEOS:

Master Crews 2010 - TEASER from SB CREW on Vimeo.